A
canção dos homens
BENÇÃO
YORUBÁ
Benção em Yorubá
“QUE A ÁGUA SEJA
REFRESCANTE,
QUE A CASA SEJA
HOSPITALEIRA,
QUE O MENSAGEIRO
CONDUZA EM PAZ
NOSSA PALAVRA .
JUSTIFICATIVA
A preocupação com o
desenvolvimento do conhecimento justifica-se pela contribuição indispensável
que as práticas de leitura assumem desde a infância na formação de leitores.
Para Feud Linard “num país castigado pelo analfabetismo, projetos de incentivo
a leitura são mais que bem-vindos: são fundamentais”. Diante disso, o desafio é
trabalhar com crianças do Ensino Infantil o prazer da leitura ( música ,
brincadeiras e outros) ainda na fase de alfabetização. Para tanto, é viável a
parceria escola e família que juntas podem acelerar o processo de letramento de
nossas crianças e, despertar a paixão por livros. O presente projeto apoia-se
na tória de Vygostsky que para ele, além do desenvolvimento real, que encerra
as atividades que a criança é capaz de realizar autonomamente, existe o nível
de desenvolvimento potencial, no qual se incluem as atividades que ela consegue
realizar mediante a colaboração de um adulto ou de pares mais capazes. Entre
ambas as zonas, existem uma terceira zona, chamada de desenvolvimento proximal,
a qual, ele postula que é nela que o bom ensino deve incidir, desvendando os
caminhos por onde o desenvolvimento infantil pode seguir. Sendo assim trouxemos
para o espaço da escola de forma lúdica
a Lei 10.639/2003 assegura a
formação cultural e humana, torna-se obrigatório o ensino sobre História e
Cultura Afro-Brasileira , assim para intensificar na pratica e concretizar a
Lei o Projeto A PRÁTICAS AFRO NAS ESCOLAS vem com excelência buscar experiências culturais, costumes e
hábitos afros brasileiros, através da narrativas, músicas , e brincadeiras .
O projeto foi idealizado pelas por Professoras: Sandra Bittencourt
coordenação da pasta ARTE EDCAÇÃO e Renata
Costa da pasta da DIVERSIDADE, como convidados o inspetor de alunos Fabinho inspetor de alunos da EM Pref Camilo Chaves Junior e do terno Camisa
Rosa e o Mediador de Leitura e
responsável pela Biblioteca Ziraldo da E.M Hugo de Oliveira João Capoeira do
Terno Congo Real .
* Ressalto que como as nossas
músicas possuem letra e história, as músicas que as crianças estariam
conhecendo durante a proposta também falam de ancestralidade, circularidade, de
uma história ou uma situação.
Dançando e cantando
Eles
compreenderam com as músicas noções básicos de ritmo, sonoridades interpretaram
e conheceram o significado das canções, além de dançar e brincar musicalmente.
Os registros
aconteceram através de fotos, vídeos, e relatos das crianças acerca do momento
vivido.
Conhecendo instrumentos
de origem Africana
As crianças
manipularam, exploraram e tocaram alguns instrumentos africanos e a partir
desse contato montamos um álbum de instrumentos musicais. O contato da criança
com objetos sonoros, viabiliza uma interação com o universo sonoro, e esse
contato desperta diferentes ações.
Considerações
finais
Inicialmente foi
uma proposta simples, mas apaixonante! O livro da Obax de André Neves foi a minha inspiração para
falar de uma criança de adorava contar histórias , e a própria história nos
levou a praticar o Erê (brincar, alegria) e a inspiração da boneca Abayomi nos
inspirou a levar as crianças a um encontro precioso e assim todos foram
convidados ao universo das músicas
Africanas, brincadeiras e histórias de maneira
divertida.
As crianças se
deliciaram com as músicas apresentadas, gostam de cantar e dançar com
frequência e a gora estas farão parte do
repertório delas tanto quanto as demais que costumam cantar.
Elas são
musicalmente ativas e o professor deve lançar mão do universo imenso da música
dentro da escola.
Axé !
Sobre o espetáculo
narrativo
Partiu da história
(Tolba Phanem--Poeta Africana, lutadora pelos direitos civis das
mulheres).
A Canção dos
Homens
Quando uma mulher, de certa tribo
da África, sabe que está grávida, segue para a selva
com outras mulheres e juntas
rezam e meditam até que aparece a “canção da criança”.
Quando nasce a criança, a
comunidade se junta e lhe cantam a sua canção. Logo,
quando a criança começa sua
educação, o povo se junta e lhe cantam sua canção.
Quando se torna adulto, a gente
se junta novamente e canta. Quando chega o
momento do seu casamento a pessoa
escuta a sua canção.
Finalmente, quando sua alma está
para ir-se deste mundo, a família e amigos
aproximam-se e, igual como em seu
nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-
lo na "viagem".
"Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os
homens cantam a canção. Se em
algum momento da vida a pessoa
comete um crime ou um ato social aberrante, o levam
até o centro do povoado e a gente
da comunidade forma um círculo ao seu redor.
Então lhe cantam “a sua canção”.
A tribo reconhece que a correção para as condutas
anti-sociais não é o castigo; é o
amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.
“Quando reconhecemos nossa
própria canção já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém.”
Teus amigos conhecem a "tua canção" e a cantam quando a
esqueces. Aqueles que te amam não
podem ser enganadas pelos erros que cometes ou às
escuras imagens que mostras aos
demais. Eles recordam tua beleza quando te sentes
feio; tua totalidade quando estás
quebrado; tua inocência quando te sentes culpado e teu propósito quando estás
confuso.
Ninguém nasce
odiando outra pessoa pela cor de sua pele,
por sua origem
ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam a aprender,
e, se podem
aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.
Nelson Mandela
Na voz de Renata
Costa e Sandra Bittencourt
e percussão de João Capoeira,
Fabinho e Renê do Pandeiro um dia cantarolante onde: palavra tem cor,
pintura tem som, e elas se juntam há pequenos trechos de canções populares,
histórias, colorindo a vida e o seu caminho. Carregamos dentro de nós memórias
afetivas, que nos foram passadas na infância, no decorrer da nossa vida, nos pingos
de chuva, no canto de um pássaro, na delicadeza de ver uma flor desabrochar, e no
ato de olhar para as cosias com simplicidade.
A “ Canção dos Homens” propõe um espetáculo
narrativo que visa valorizar a identidade e a auto-estima dos transeuntes,
de diversas etnias, que segundo, são fruto de uma sociedade que carrega as
marcas de um passado cheio de opressão e discriminação racial, de história,
luta, cantos, lamentos, e influência musical.
Por isso a
apresentação de um acervo com o referido tema, em uma multiplicidade de
linguagem para
mudarmos o nosso olhar em relação à cultura e a história.
O nosso trabalho tem como fonte
de pesquisa a lei que entrou em vigor em Nove de janeiro de 2003, a Lei
nº. 10.639, que inclui no currículo oficial das escolas públicas
e privadas o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena.
Acervo para o espetáculo:
• Os tesouros de Monifa _ Sonia
Rosa – Editora Brinque Book
• Contos da Lua e da Beleza
Perdida – Sunny –Paulinas
• Volta ao mundo dos contos nas
asas de um Pássaro – Catherine Gendrin –
Edições SM
• Ulomma a casa da Beleza e
outros contos – Sunny –Paulinas
• Cantando a História do Samba –
Elzelina Dóris e outros – Mazza Edições
• Obax – André Neves – Brinque
Book
• Histórias trazidas por um
cavalo Marinho – Edimilson de Almeida Pereira –
Paulinas
• Lembranças Africanas : JONGO-
CONGO- TABULEIRO DA BAIANAMARACATU- CAPOEIRA – Sonia Rosa – Pallas